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terça-feira, 29 de março de 2011

Estado nomeia novo presidente para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo

O espanhol Francisco Gallardo Durán é o novo presidente executivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), no âmbito da reestruturação do Conselho de Administração, que recebeu dois novos elementos.

Francisco Gallardo integra desde 2010 o Conselho de Administração (CA) dos ENVC e passa agora a ocupar o cargo de presidente executivo, deixado vago há quatro meses pelo almirante Victor Gonçalves de Brito, que apresentou a demissão.

O espanhol, engenheiro naval de profissão, já liderou os Estaleiros de Sevilha.

A recomposição do CA foi decidida a 22 de Março pela Empordef, holding do Estado para as indústrias de defesa.

De acordo com a informação a que a Lusa teve hoje acesso, prevê-se a integração de Jorge Moreira de Pinho, um ex-quadro da Unicer, como vogal executivo, além de José Luís Serra, que se mantém em funções também como vogal executivo.

Carlos Veiga Anjos mantém-se como presidente da empresa, em funções não executivas, além do Almirante José Conde Baguinho, o segundo elemento nomeado esta semana para o CA, para fazer a ligação com a Marinha. Esta é actualmente o principal cliente dos ENVC, com cerca de 500 milhões de euros de encomendas.

Na comissão executiva da empresa, liderada agora pelo espanhol Gallardo, a Empordef delega poderes de “gestão corrente”.

Recorde-se que a administração anterior dos ENVC foi nomeada no último Verão, com cinco elementos, três executivos e dois não executivos.

Depois da demissão, concretizado a 1 de Dezembro pelo então presidente executivo, Victor Gonçalves de Brito, a 31 de Janeiro foi a vez de Óscar Mota deixar a empresa pública.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Navio Atlântida vendido à Venezuela

Este negócio renderá 42,5 milhões de euros aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

O ferryboat “Atlântida” vai rumar à Venezuela dentro de sete meses. Segundo José Luís Serra, um dos administradores dos ENVC, o acordo foi alcançado este fim de semana, na Venezuela, e deverá ser assinado até ao final desta semana, “depois de fazer as adaptações necessárias, para transformar o 'ferry' num navio de cruzeiro”, garantindo que o prazo de entrega será de sete meses.

O “Atlântida”, que foi encomendado pelo Governo dos Açores, está pronto e deveria significar um encaixe de 46,4 milhões de euros para os ENVC, mas em abril de 2009 o cliente anunciou que desistia do contrato, por a embarcação apenas atingir 16,5 nós de velocidade, quando deveria atingir pelo menos 18. O navio, considerado de luxo e com capacidade para 750 pessoas e 150 viaturas, está desde então atracado na doca dos ENVC, com encargos anuais de manutenção na ordem dos 500 mil euros

O chefe de Estado da Venezuela admitiu ainda que poderá também comprar o navio “Anticiclone”, que tinha igualmente sido encomendado aos ENVC pelo Governo Regional dos Açores.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estaleiros prestes a receber entrada para navios venezuelanos

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) deverão receber nos próximos dias os primeiros 13 milhões de euros relativos a 10% do valor do contrato rubricado em Outubro com o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, durante a sua visita oficial a Portugal.

Verba esta que se destina à construção de dois navios asfalteiros para a empresa pública de petróleos da Venezuela, segundo apurou o DN.

De acordo com fonte da empresa minhota de construção naval, o pagamento ainda não foi feito devido a questões "meramente burocráticas" relacionadas com o seguro de crédito e que apenas foram "ultrapassadas na última semana".

Em causa está uma tranche dos 130 milhões de euros que vale o negócio e que servirão, nomeadamente, para a aquisição do aço necessário à construção. No entanto, os estaleiros garantem que o processo "está a decorrer com toda a normalidade", numa fase em que ainda decorre o acerto do projecto destes dois navios de 27 mil toneladas.

Com mais de cem metros de comprimento, as embarcações destinam-se ao transporte de asfalto, um subproduto do petróleo que a Venezuela exporta para todo o mundo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Governo garante cumprir encomenda feita aos estaleiros de Viana do Castelo

O Ministro da Defesa garantiu que os contratos, no valor de 500 milhões de euros, assinados em 2004 com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), para a modernização da Marinha Portuguesa “vão ser cumpridos”, integralmente.

Santos Silva, que falava na cerimónia de entrega provisória do primeiro navio de patrulha oceânico à Marinha, assegurou que as medidas de austeridade não irão afectar este contrato, assinado por Paulo Portas, na altura ministro da Defesa do Governo de Durão Barroso.

“Apesar da actual conjuntura, marcada pelo Plano de Estabilidade e Crescimento, que determina que até 2013 haja suspensão de novos projectos de reequipamento militar, estes já estavam em curso e vão seguir a calendarização programada”, sustentou.

O navio de patrulha entregue, o primeiro de uma série de seis, leva cinco anos de atraso em relação à data inicialmente prevista. O próprio presidente do Conselho de Administração dos ENVC, Veiga Anjos, admitiu que a empresa poderia “ter feito muito melhor, com menores custos e melhores prazos”.

Para o ministro “é um atraso para corrigir”, que justificou com o facto de se tratar de um protótipo. No entanto, adiantou que a partir de agora os próximos deverão ser construídos “a um ritmo mais acelerado”.

Para Santos Silva este navio simboliza a importância do reequipamento da Marinha, numa altura que se está a ser estudada a duplicação da Zona Económica Exclusiva do país para os 3,6 milhões de quilómetros quadrados.

De acordo com o governante, Portugal é hoje o 11.º país do mundo com maior área marítima sob sua jurisdição, tendo a seu cargo uma área de 1,7 milhões de quilómetros quadrados, 63 vezes superior ao próprio ao território do país – área que irá aumentar para o dobro, de acordo com a proposta que Portugal apresentou às Nações Unidas.

A fiscalização da pesca, o combate ao tráfico de droga, contrabando e imigração ilegal e operações de busca e salvamento são as principais missões que esperam o navio de patrulha.

O navio vai ainda continuar mais alguns meses nos ENVC, porque ainda faltam algumas provas de mar e é preciso fazer a formação da guarnição.

O ministro fez questão de sublinhar ainda a importância deste contrato como porta de entrada dos ENVC no mercado internacional “extremamente competitivo”, permitindo “diversificar mercados e produtos”.