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domingo, 10 de outubro de 2010

Viana: situação financeira dos Estaleiros Navais é 'preocupante mas não insolúvel' - líder dos TSD

O secretário nacional dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), Arménio Santos, alertou hoje para a “preocupante” situação financeira dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), mas considerou que o problema “não é insolúvel”. “É uma situação financeira que tem de ser considerada preocupante, ainda que não seja insolúvel”, disse Arménio Santos, no final de uma visita aos ENVC, em que reuniu com a administração e com a comissão de trabalhadores da empresa. Arménio Santos sublinhou que a nova administração “está a proceder a um estudo para reestruturar e modernizar a empresa e a tornar mais competitiva”, nomeadamente através da procura de novas encomendas no mercado, “de forma mais agressiva”. “Penso que a empresa, depois desse estudo que estará pronto dentro de dois meses, estará em condições de rasgar caminhos novos para responder aos problemas que tem hoje”, acrescentou. Arménio Santos sublinhou que, segundo o que hoje lhe foi transmitido, essa reestruturação não deverá implicar despedimentos nos ENVC, que hoje empregam 780 trabalhadores. “O que nos foi transmitido é que nada indica que essa medida [despedimentos] venha a ser necessária”, afirmou. Os ENVC fecharam as contas de 2009 com um prejuízo de 22,2 milhões de euros, sendo o passivo acumulado da empresa de 137 milhõe s de euros. O líder dos TSD lembrou que para esta situação “muito contribuiu” o negócio do Atlântida, um ferry-boat encomendado aos ENVC pelo Governo dos Açores, por quase 50 milhões de euros, mas que acabou por ser rejeitado, por não cumprir a velocidade estipulada no contrato. “Além de ter o navio encostado na doca, os ENVC vêem-se ainda a braços com encargos de larguíssimas centenas de milhares de euros por ano, para manutenção do barco”, referiu, frisando ainda que “situações como esta não são, de todo, um bom cartão de visitas para a empresa”. Na quarta feira, Carlos Veiga Anjos, antigo administrador da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, Moçambique, foi eleito presidente do Conselho de Administração dos ENVC. No mesmo dia, o engenheiro naval Óscar Mota foi eleito vogal do Conselho de Administração. Tanto Veiga Anjos como Óscar Mota não têm funções executivas. O Conselho de Administração integra ainda três elementos executivos, que já tinham sido eleitos a 05 de julho. O almirante Victor Gonçalves de Brito, ex-administrador do Arsenal do Alfeite, é o presidente executivo dos ENVC, ficando a equipa completa com o economista José Luís Serra, ex-presidente da Câmara de Valença, e com o engenheiro naval Francisco Gallardo Duran.

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