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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Venezuela compra por 130 milhões

Ontem, ao fim de oito anos de negociações, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que praticamente têm a sua capacidade produtiva a cerca de 30% devido à falta de novas encomendas, fecharam finalmente a construção de dois navios-asfalteiros de 27 mil toneladas para a PDVSA Naval, filial da Petróleos da Venezuela SA. O contrato de 130 milhões de euros foi firmado com a presença de elementos da empresa venezuelana e do Governo português, mas para já apenas a fase de desenho vai começar a ter trabalho, já que o projecto será totalmente nacional, mas com o apoio de técnicos venezuelanos, no âmbito de partilha de tecnologia.

"Este é o caminho que mostra que os ENVC têm futuro e são viáveis. Os tempos não estão fáceis, é verdade, mas este não é o momento para a lamúria ou para o protesto inconsequente", lembrou o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello.

A cerimónia decorreu na nova nave de construção da empresa, a estrear pelos dois novos navios para a Venezuela, e o governante garantiu aos trabalhadores que assistiam que "as crises são momentos muito duros mas devem constituir uma oportunidade de reajustamento, iniciativa e aperfeiçoamento". A construção dos primeiros blocos só arranca dentro de seis meses e daqui a 36 meses de trabalho será entregue o primeiro e nove meses depois o segundo, após 650 mil horas de trabalho. O governante colocou a fasquia nos ferries e outras embarcações de luxo como um nicho a explorar pela empresa, isto numa altura em que dentro de dias novos peritos da Venezuela se deslocam a Viana para tentar adiantar o negócio da compra do ferry Atlântida, encostado há mais de um ano na empresa.

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